sábado, 21 de março de 2009

Quando andava na rua ouvi um estrondo, não vi de onde. Meus miolos no ar. O topo de minha cabeça aberto. Só deu tempo de pensar: "preciso aproveitar o resto de vida ". Então sai andando. Dei um passo, dois, no quinto não entendia, não parava, as pessoas aturdidas me viam tão perplexas quanto eu, viam meus pensamentos com uma absurda clareza, vermelha clareza, hedionda, no cumulo. Andando fui a lugares desconhecidos por eu na cidade, passei por minha casa, disse a minha mãe que a amava, fui a dela e disse o mesmo, continuei. Passei a fronteira da cidade, de todas elas, cheguei ao mar e quando pensei em parar para ver o horizonte comecei a morrer, e entendi, que só andando permaneceria vivo.


R.Z.

Um comentário:

Colin disse...

Imagens bem a fude! Tri!!!