quinta-feira, 17 de junho de 2010

O negocio é o seguinte, ele estava sozinho, a vida toda sozinho, de repente ele se dá conta de que está soterrado até o pescoço de tatuagem, não de tatame, não de chuva, de histórias, de caixas, de sofá, de pasta d'agua, sorrisos forçados, de escadas, escadas de ferro, de cadeiras, de lágrimas falsas, lágrimas verdadeiras e de escuridão. Soterrado de pessoas que é obrigado a ser soterrado delas por que elas tem o mesmo sangue que seu, soterrado de infâncias, de passos manjados, de falas manjadas, de estereótipos, de plásticas, de plásticos, e não pode fazer nada porque isso tudo pesa demais pra se tirar de cima dos ombros e isso não é invenção da minha cabeça não, essa é uma história real, como a sua, a sua história real.

R.Z.

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